sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Padre Ernesto Maria de Fina

Em Grandes Vultos de Cruzeiro...

Foto do Padre e a garota Tita,


Pe. Ernesto Maria de Fina






Nasceu em 30/11/1867, na cidade Sala consolina-Salermo, Itália. Filho do casal José Abbamonte e Jesualda Abbamonte, foi batizado nesta mesma cidade.

Ordenou-se em 1891, e foi mandado para a cidade de Ribeirão Preto, como coadjutor. Em 1897 foi designado para receber sua primeira paróquia na cidade do Embaú.
Segundo Hilton Federice: “No inicio, como é fácil compreender, toda atividade dirigente e evangelizadora da Igreja Católica tinha que partir do Embaú, onde os senhores vigários tinham sede, residência e um templo. Nada disso ocorria no Povoado da Estação, onde a mais sensível das lacunas, era a ausência de uma verdadeira igreja.”

Antes mesmo da chegada do Padre Fina ao Embaú, já existia dois movimentos distintos em curso: o primeiro, era que o Povoado da Estação já reclamava há muito, a transferência da sede municipal, para suas hostes (o que, contrariava em muito aos embauenses); o segundo, era o desejo, já manifestado, do próprio Bispo de São Paulo, Dom Arcoverde, em transferir a paróquia para o Povoado da Estação, independentemente desse ser cidade ou não, pois o pároco era muito mais solicitado pela população do Povoado do que pelos embauenses, uma vez que a sua população já era bem maior do que a da sede.
É neste cenário complicado, que o ainda jovem padre italiano, chega ao Embaú. E não demorou muito para que ele percebesse que a tão propalada transferência, era mesmo inevitável, e a executou.

Se para a população do Povoado da Estação esta transferência foi benéfica, para o padre foi ela simplesmente terrível. Houve um desgaste muito grande. A população do Embaú chegou a maltratar o presbítero toda vez que ele tinha que ir ao Embaú. O desgaste chegou a tal ponto, que o padre teve que ficar morando no próprio Povoado. E como este, ainda não tinha sua casa paroquial, o Major Novaes teve que sair em defesa do Padre hospedando-o na fazenda Boa Vista.

Este fato em si, certamente não foi o estopim que culminou com a emancipação do Povoado da Estação, mas sem dúvida alguma,  temos que creditar a ele, o mérito de ter incentivado, e muito, os políticos da época, para tornar a emancipação uma realidade.

Padre Fina, totalmente desgastado, pediu transferência para uma outra cidade. E assim, no limiar do ano de 1898, é transferido para Pindamonhangaba, como padre coadjutor. Ainda neste ano foi transferido mais duas vezes: em 28 de março, para a cidade de Casa Branca e em 07 de novembro para Santos. No ano seguinte, experimentou mais duas transferências, a primeira para a cidade de Campinas, onde substituiu o padre local, que viajou para o exterior, e a segunda para a cidade de Jaú.
No inicio de 1900, em gozo de férias, vem ao Povoado da Estação para visitar alguns amigos. Influenciado por esses, pediu à Diocese que o transferisse de novo para o Povoado da Estação. O que ocorreu, em 17 de março deste mesmo ano.
Durante este período, aconteceram as mortes de  Dona Rosalina e posteriormente de seu marido o  Dr. Celestino.
Celestina (Tita) já estava casada com Virgilio Antunes e moravam na fazenda Boa Vista. Entretanto, não sei ainda por qual razão, o Padre Fina foi nomeado tutor do irmão de Celestina, o Antônio Celestino, que o criou por um bom tempo.
Em 04 de dezembro de  1919, foi novamente transferido. Desta vez a cidade de Tabapuan, foi quem o recebeu.
Em 1920 foi mandado para São Carlos, onde ficou até o ano de 1925, quando aconteceu a sua ultima transferência, e esta foi para a cidade de Mirassol.

Em sua ficha, conseguida por mim junto à Diocese de São Paulo, consta apenas uma nota fria.
“Em Mirassol, novembro-1930, foi assassinado em sua paróquia, por motivos fúteis”.
  Junto a esta ficha veio também a página de um livro, onde o autor Ariovaldo Correa, cidadão mirassolense, conta a seguinte história.

“O sacristão, que chegava à igreja, para suas ocupações diárias, surpreso, deu, no adro, com aquele ato de vandalismo. Correu à casa paroquial e chamou pelo vigário, à janela do quarto:
---- Depressa, Padre Fina. Venha depressa, que puseram fogo na cerca...

Uma voz veio logo de dentro:
---- Mas, o quê? A cerca? Queimaram a cerca?
Se o ato já se havia consumado, não adiantava nenhuma pressa. O padre, porém naquela hora, nem pensou nisso. Abalou-se da cama como um raio. Meteu a batina no corpo. Nem o rosto lavou. Saiu para a praça, a passos largos, em companhia do sacristão, ambos a falar, a falar.
O vigário,  irritadiço como era, ia a gesticular pelo caminho, em altos brados:
---- Malvados! Vão me pagar caro o desaforo.
Não havia muitos meses, o padre mandara construir a cerca. A nova Matriz estava quase pronta, mas em frente dela existia ainda a primitiva capela, erigida em 1912. A cerca atravessava o centro da praça, fechando-a desde a quina da Matriz até ao centro da igrejinha. O prefeito da época – estávamos em 1929 – o coronel Victor Cândido de Souza, quando soube que o vigário tencionava construir o tapume, procurou convence-lo da inconveniência da medida.(...)
--- Fica muito feio, Padre Fina – observou o coronel. Mirassol é uma cidade...
--- Feio ou bonito, faço a cerca. Não posso admitir que os materialistas passem em frente à igreja, que é a Casa de Deus,  para irem à casa do diabo...
Referia-se ao Cine-Teatro S. Pedro, ao lado, inaugurado no inicio daquele mesmo ano de 1929, com grande pompa. As quizilas entre o sacerdote e o empresário, Candido Estrela, sabe-se, vinham de longa data. Considerava o sacerdote que o cinema era nefasto. E o Teatro com suas bailarinas decotadas, uma imoralidade.
Quando comumente a *sereia (havia uma sereia no cinema), anunciando o inicio dos espetáculos, rugia pelos ares, repercutindo dentro do templo, à hora das rezas, o padre esbravejava do púlpito, reclamando contra aquela falta de respeito:
--- É a boca do inferno! Abriram a boca do inferno!(...)

Em certa ocasião, já inúmeras ripas haviam amanhecido quebradas. O padre mandou consertar o tapume. Não passaram muitos dias, e, agora a cerca desaparecia, inteiramente, reduzida a cinzas. Era demais! O vigário pôs a cidade em polvorosa. Em poucos minutos, pequena multidão se concentrava na praça. Mulheres que vinham da feira, homens, que iam para o trabalho, jovens normalistas, que passavam para as aulas, todos pararam, atônitos, e ali se postaram a ouvir as objurgatórias, flamantes, do vigário. O homem estava possesso. Durante o dia todo, ninguém falou noutra coisa. À noite, na reza, o vigário fez um sermão tenebroso. Antes de termina-lo, porém, recuperando a calma, declarou, amargurado, que não mais faria reconstruir a cercquinha de madeira. E com um doloroso acento na voz, entrecortada pelas emoções, disse o padre:
--- Uma cerca invisível há de continuar no mesmo lugar. Os bons católicos hão de senti-la sempre ali. E hão de respeita-la...
Já faz tempo, conversava eu com José Mardegan Neto a esse respeito. Ele disse-me:
--- Eu era coroinha. Lembro bem do episódio da cerca e daquele sermão. Um sermão impressionante. Nunca vira antes o padre Ernesto Maria de Fina to furioso.(...)”

* sereia – acredito que devia ser uma sirene


Não quero de forma alguma fazer associação de idéias, quanto ao assassinato do Padre. Apenas reescrevi esta história para dar ao leitor uma noção de como era o Padre Fina – austero, rígido e enérgico.
E tenho certeza absoluta, de que o processo de emancipação da cidade de Cruzeiro foi abreviado em muito, pela iniciativa deste padre, ao transferir a paróquia do Embaú para o Povoado da Estação.




sábado, 6 de agosto de 2016

Em Grandes Vultos de Cruzeiro - Dr, Othon Barcelos

Em Grandes Vultos de Cruzeiro...






Dr. Othon Alves Barcelos Corrêa


                          

Filho do casal Amélia e Francisco de Assis Barcellos, nasceu em Ouro Preto-MG, no dia 08/07/1901. Era o sexto filho de uma família de onze irmãos.  Formou-se Engenheiro Civil e de Minas, pela Escola de Minas, de Ouro Preto, no ano de 1926. Neste mesmo ano, mudou-se para São Paulo e foi morar por uns tempos na casa de sua irmã, Iphigênia. Chegara com um emprego assegurado, na Comissão de Obras Novas para Abastecimento de Água de São Paulo.
Um ano depois, se demitiu e foi trabalhar na Sociedade e Construtora de Santos, onde conheceu e se tornou amigo do escritor, poeta e futuro senador, Dr. Roberto Simonsen.
Em 1930, buscando sempre novos desafios, se transferiu  para a empresa Serva Ribeiro, onde começou como engenheiro-vendedor. Este emprego desencadeou nele o sonho incontido de abrir uma empresa própria, mas não possuía  capital para tornar este sonho realidade.
Insatisfeito com os rumos desse novo trabalho,  e com um pedido de aumento de salário negado, demitiu~se.
Casou-se em 1931, com Da. Santuzza Borges Barcellos Corrêa, natural de Belo Horizonte. Não tiveram filhos.
A experiência adquirida no ultimo emprego, lhe proporcionou a oportunidade que procurava para realizar o seu sonho de empresário: num domingo, ao ler o jornal pela manhã, dois anúncios lhe chamaram a atenção: Em um, uma empresa em expansão, necessitava comprar uma locomotiva a vapor. No outro, estampado no mesmo jornal, uma fazenda de bananas que estava  desativando suas linhas férreas, punha a venda suas locomotivas e seus vagões.
Othon então ligou para a segunda e perguntou o preço de venda. De posse do referido valor, agregou a ele sua margem de lucro, e ligou para a empresa compradora,  oferecendo a mesma  locomotiva. A empresa aceitou, e ele então, no dia seguinte, foi até a tal fazenda de bananas para efetuar a compra. Para seu espanto, lá chegando, ficou sabendo  que o preço pedido era para duas locomotivas, e não para uma, como havia pensado. Com o lucro da venda da primeira e mais o que  apurou com a venda da segunda locomotiva, procurou o amigo Oscar de Paula Bernardes, e junto com ele, fundou a SOTEMA.
Daí para o sucesso, foi um pulo. Fundou, a seguir, as empresas Sofunge S/A e Fabrica Nacional de Vagões S/A. Entrou como acionista da  Ren-O-Max Ind. Eletrônicas. Participou da criação das empresas: Indústria Metalúrgica Tergal S/A, Industrial e Administradora Ouro Preto S/A, Sibar Comercio, Importação e Exportação S/A, Barber-Greene do Brasil S/A, Comercial, Industrial e Administradora Vila Rica S/A e Ermeto Equipamentos Industriais LTDA.
Foi Presidente da Mercedes Benz do Brasil S/A e conselheiro das empresas: Wolkswagen do Brasil S/A., Companhia Ferro Ligas da Bahia S/A., Companhia Siderúrgica Paulista S/A,  Champion Celulose S/A, e Vice-Presidente da Belgo-Mineira (este cargo ele assumiu no dia 02/08/1966, pouco antes de morrer).  Foi também Diretor da Companhia Paulista de Mineração e da FIESP.




Fundou com muito amor e dedicação a COLSAN – Sociedade Beneficente de Coleta de Sangue e foi também Diretor da Cruz Vermelha Brasileira.
Tendo galgado as mais altas posições em sua vida  social e profissional, no entanto, conversava com todos indistintamente e tinha sempre nos lábios um sorriso ou uma palavra amiga, mesmo para o mais humilde servidor das suas empresas.
Era sempre o cérebro e o dínamo propulsor das companhias que fundava, ou de que participava.
Morreu na noite de 20 de setembro de 1966, aos 65 anos de idade, vítima de um edema pulmonar, depois de ter passado  a tarde em companhia do Ministro do Transporte, Dr Severo Gomes e de ter  participado de um jantar à noitinha, com o Presidente da Companhia Andrade Gutierrez.
A cidade de Cruzeiro reconhecendo  seus méritos, outorgou-lhe o titulo de Cidadão Cruzeirense e o homenageou, também, dando seu nome a uma rua.
Várias são as  histórias que perpetuam seu vulto, como um homem possuidor de um coração extraordinário.
Uma delas, conta que um Mestre da Oficina de Marechal Hermes, chamado José D’ambrósio, pediu para ser transferido para Cruzeiro. Como a meta da empresa era fechar a fábrica carioca, tal transferência foi-lhe dada sem maiores problemas.
Em Cruzeiro, o D’Ambrósio trabalhou mais ou menos um mês, e não se adaptando à cidade, pediu para voltar para o estado de origem. Como não era de interesse da administração atender o pedido do funcionário,  este, revoltadíssimo, discutiu seriamente com a chefia da época e pedindo demissão,  voltou arbitrariamente para Marechal Hermes, sua cidade de origem.
Uma semana depois do ocorrido, já desligado da firma, o D’Ambrósio resolveu ir pescar em Jacarepaguá. Infelizmente, nesta mesma pescaria aconteceu um triste acidente que  resultou na sua morte por afogamento.
A justiça naquele tempo era muito morosa e um processo nos moldes deste, levava um bom tempo para se resolver. E,  em função desta morosidade, certamente a família do D’Ambrósio iria passar sérias dificuldades.

Sabendo da morte  do ex-funcionário, Dr Othon mandou que a companhia pagasse o salário normalmente à viúva, até que o processo fosse definitivamente resolvido. E a família  então recebeu os vencimentos do José D’Ambrósio por quase cinco anos, ininterruptamente.




Homenagem desse seu humilde servo que o admira, e admirará sempre.






terça-feira, 2 de agosto de 2016

Dr. Plinio Guarany

Em Grandes Vultos de Cruzeiro....


Dançando com sua neta Bruna, quando da sua formatura em Jornalismo

                                        
                 Dr Plínio de Oliveira Guarany


                                          Interessante é a gente perceber que a Cidade mineira de Soledade de Minas, é um celeiro de grandes escritores. Foi assim com Geraldo Prado Galhano, Da. Albertina, e, sabe lá quantos mais ainda vou descobrir, neste meu trabalho artesanal de passar Kaol (lembram de Kaol, era um liquido que usávamos quando meninos, para realçar o brilho das pratarias caseiras) e refazer o brilho destes grandes escritores, mineiros de naturalidade, mas cruzeirenses de coração e de brio. 
                                    
                                       Dr. Plinio de Oliveira Guarany entra nesta minha galeria de
 “Grandes Vultos de Cruzeiro”, embora sendo filho da cidade mineira a qual me referi acima, mas, pelo seu trabalho dedicado à formação e até mesmo da estruturação da cidade de Cruzeiro.Quis O Deus, Todo Poderoso, que ele nascesse neste berço literário mineiro, em 29 de setembro de 1936. Razão para isso, só mesmo Ele (Deus) para responder.                                    
                                     Em 1939, seus pais mudaram para Cruzeiro, porque a Cidade Menina estava num crescente desenvolvimento, e onde, seu pai veio transferido, para trabalhar como Chefe de Estação  na Rede Mineira de  Viação.
                           
                             Filho de Sebastião 
Moreira Maia e Laís Stockler Junqueira, aqui em cruzeiro cursou o primário no Grupo Arnolpho de Azevedo e no Externato São Paulo. O ginásio foi feito no Colégio Oswaldo Cruz. E não esmorecendo aí, coisa que era muito comum entre os jovens da época - parar os estudos neste estágio, arrumar um emprego e formar uma família – o nosso querido amante das letras, que desde pequeno (ainda no tempo do Arnolpho, já rabiscava suas primeiras poesias), foi para Guaratinguetá iniciar o curso médio “Cientifico”. Mas também, como a sua meta era de se formar em Odontologia, preferiu terminar este curso no Colégio Fernão Dias, em São Paulo, como forma de ir se adaptando com a cidade grande.  
                                      
                                    Desta maneira, em plena juventude com seus 18 para 19 anos, tentava sua missão de viver sozinho em um lugar estranho. Era uma aventura arrojada, estudar em São Paulo e deixar a família em Cruzeiro. Poucas vezes, veio a Cruzeiro visitar os amigos e a própria família, isso porque a distância era muito grande, os ônibus não eram diários e a estrada embora asfaltada ainda não proporcionava uma viajem confortável e rápida. Basicamente, vinha somente em períodos de férias escolares. 

                                     Incansável estudante, nas horas vagas tinha o hobby da leitura. Fato que ele mesmo diz com muito orgulho que até hoje ele já leu 1736 livros, isso chega quase a ser um recorde, sabendo que os brasileiros não são um povo chegado a leituras de livros. Essa experiência com as letras o fez dono de uma singular cultura – dono de um vernáculo simples e altamente correto. Este hábito também o levou a gostar de Oratória. Foi o orador na formatura do ginásio e na formatura de Odontologia, ocasião esta, quando fez um belo discurso no Teatro Municipal de São Paulo. E quando perguntado, responde com muita  humildade que não se considera um escritor, apenas gosta de escrever, coisa que faz  desde os seus dez anos de idade.                                     
                                     Diplomando-se em Odontologia pela Universidade de São Paulo, voltou para Cruzeiro. Onde reside até hoje trabalhando nesta nobre profissão, casou-se com Da. Marlene Casa Nova Guarany. Com sua consorte, tiveram  três filhas: Flávia, Kátia e Cláudia., que por sua vez, proporcionou ao casal patriarca a felicidade de seis netinhos. Sendo três meninos Tiago, Fabio e Gustavo e três lindas garotas Natália, Letícia e Bruna.
                                       Tornou-se sócio ativo da APCD e por esse trabalho realizado junto a este órgão, recebeu a Medalha de Tiradentes - maior honraria oferecida pela classe odontológica. E sua luta não para por ai. Exercendo a sua profissão com honradez e muita dedicação, foi também agraciado com a Comenda "Dr. Jairo Correia", do Instituto Werneck, de Cruzeiro.                                      
                                         Seu dinamismo não o deixou quieto, e junto com amigos, em 1978, foi  co-fundador  do Lions Clube da Cidade, uma entidade de cunho social, filantrópica e cultural. Se não bastasse isso, foi co-fundador do Senzala – Clube de Campo e Social, da cidade de Lavrinhas, vindo a ser presidente deste mesmo clube.
                                     
                                           Dado a sua vasta experiência e convívio na Sociedade Cruzeirense e, por ser considerado fidelíssimo cônjuge, foi juntamente com sua esposa Da. Marlene, co-fundadores e palestrantes do Curso Preparatório de Noivos.
                                   
                                    E, mais uma vez, agora já com os cabelos embranquecidos pelo o orvalho do tempo, mas paradoxalmente, rejuvenescido pelo seu grande espírito de bandeirante, não se declinou quando convidado para ser co-fundador também da ACADEMIA  CRUZEIRENSE DE LETRAS E ARTES. Ajuda esta que será muito bem vinda, pois sua experiência e cultura são notórias, e iremos precisar muito delas. 
Aqui abro um parêntese para dizer, que talvez, eu não venha ser um acadêmico. Ainda não tomei esta decisão. Mas, nada irá tornar translucida a minha dedicação para ajudá-lo, junto com os demais fundadores, a formá-la. Muito pelo contrario, a honra de vê-lo com seu nome engrandecer a Academia, é muito grande para mim, tanto que se for preciso  carregarei “o Piano”, para que o senhor possa compor suas canções (se me permite assim chamar as suas poesias), com muitíssimo orgulho e boa vontade.                         
                              Plínio de Oliveira Guarany é um autor que, apesar da extensa produção literária, o que o faz um ser especial, sempre demonstrou e demonstra um carinho especial para suas raízes familiares e culturais. 
Neto de Antonio Diaulas de Oliveira Junqueira, um cristinense que constituiu sua família em Soledade de Minas, seus escritos são diretos e atuais. Lidas as primeiras frases, já conquista a atenção do leitor, que cativa até o final do texto. A Folha Nova orgulha-se em publicar os textos desse autor intenso e sagaz.
                                  A 
Academia Cruzeirense de Letras e Artes, se torna aos olhos da população cruzeirense, uma estrela de quinta grandeza, somente pelo o fato de tê-lo como menbro e Poeta Menor, como o senhor mesmo assina suas obras.